Monarquia, Cidadania, Democracia

D. Manuel II de Portugal – O Rei Que Queria Ficar

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Dom Manuel II, O Rei Que Queria Ficar:
 
‘Vão se quiserem, eu fico. Uma vez que a constituição não me nomeia nenhum papel para além de me deixar ser morto, eu obedecer-lhe-ei.’
 
‘Go if you want, I’m staying. Since the Constitution doesn’t appoint me any role other than of letting myself be killed, I will abide by it.’
 
Declarou El-Rei Dom Manuel II, Último Rei de Portugal, para o Seu Conselho Privado, quando instigado a abandonar o Paço Real das Necessidades perante os bombardeamentos dos revolucionários da Carbonária e das tropas sediciosos de Machado dos Santos.
A 4 de Outubro de 1910, a luta intensifica-se nas ruas, os ministros da Guerra e da Marinha estão completamente desorientados, o Palácio das Necessidades começa a ser bombardeado e o Rei em perigo e sem protecção de artilharia que havia sido desviada para fazer frentes aos revolucionários da Rotunda, é aconselhado pelo via telefone pelo presidente do Governo a ir para Mafra, o Rei recusa, mas os áulicos insistem e insistem e o jovem Rei anui. O Rei quase perde a vida quando uma granada é atirada contra o automóvel em que seguia a caminho de Mafra, ainda que não soubessem que nele seguia Dom Manuel II vestido à civil, contrariamente ao que pretendia, pois quis substituir o anterior uniforme de gala e vestir o pequeno uniforme de Marechal-general – posto privativo do Rei de Portugal -, mas não o deixaram. Partiria contra a Sua vontade, daí ser para sempre o Rei Saudade.
 
Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

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