Monarquia, Cidadania, Democracia

♔ | 15 de Novembro de 1853 – Morre D. Maria II, “A Educadora”

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‘Rainha D. Maria II’, quadro a óleo por António Manuel da Fonseca, Circa 1848

D. Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança, monarca portuguesa, filha de D. Pedro, dito o IV de Portugal, Duque de Bragança e I do Brasil e da sua primeira mulher, D. Leopoldina de Áustria, nasceu no Rio de Janeiro em 4 de Abril de 1819 e morreu em Lisboa, em 15 de Novembro de 1853, vítima de graves complicações com o seu décimo primeiro parto.


Sua Majestade Fidelíssima A Rainha Senhora Dona Maria II de Portugal, foi a segunda Mulher alçada no Trono de Portugal e a primeira Soberana Constitucional, que com mérito indiscutível honrou no trono e na vida de serviço os seus reais avoengos.
D. Maria II, apelidada de “a Educadora” e “a Boa Mãe”, foi a Rainha de Portugal e Algarves em dois períodos diferentes, primeiro de 1826 até ser deposta em 1828 por seu tio El-Rei Dom Miguel I, e depois da Guerra Civil que a colocou novamente no Trono de Portugal de 1834 até sua morte, em Lisboa, a 15 de novembro de 1853.
A segunda mulher rainha reinante era filha do Regente, em Seu nome, D. Pedro, Duque de Bragança e 1.º Imperador do Brasil e da Arquiduquesa Dona Leopoldina da Áustria.
D. Maria da Glória era loira, de pele muito fina e clara, de olhos azuis como a mãe austríaca e um retrato da elegância.
Aos 7 anos de idade o pai, D. Pedro, abdicou a seu favor e assim Dona Maria da Glória acaba por ascender ao Trono de Portugal com apenas 15 anos. Deveria ter casado com seu tio El-Rei D. Miguel I, com quem chegou a celebrar os esponsais, casando por palavras futuras, em 1827, mas apesar do tio Dom Miguel, de boa vontade jurar a Carta Constitucional outorgada pelo irmão, o Senhor Dom Miguel acaba por ser Aclamado Rei, pelo que uma Guerra Civil passa a opor o chefe do partido Liberal o Regente D. Pedro e o Rei tradicionalista, nunca se vindo a concretizar o matrimónio entre tio e sobrinha.
Como Dona Maria II foi a 31.ª Rainha de Portugal e dos Algarves e teve um reinado difícil marcado não só pela Guerra Civil, assim como pela revolta militar dos Marechais e pelas revoltas populares da Maria da Fonte e da Patuleia.
‘É absolutamente preciso que as Monarquias sejam sempre triunfantes, sem o que o equilíbrio social se encontraria no seu contrário’, disse.
Casou a 26 de Janeiro de 1835 com o príncipe Augusto Carlos Eugénio Napoleão de Beauharnais, que morreria em 28 de Março de 1835 de difteria, no Paço Real das Necessidades, em Lisboa. Viúva, Dona Maria II de Portugal casou, em segundas núpcias, com o Príncipe Fernando Augusto Francisco António de Saxe-Coburgo-Gotha (Rei Consorte como Fernando II), em 9 de Abril de 1836, com quem viveu uma conhecida felicidade conjugal. As gestações sucessivas, somada à subsequente obesidade, levaram os médicos a alertarem a Rainha sobre os graves riscos que corria em continuar a engravidar. Alheia aos avisos, Dona Maria II replicava: “Se morrer, morro no meu posto”. Em 15 de Novembro de 1853, treze horas após o início do trabalho de parto do seu 11.º filho, Dona Maria II morreu, aos 34 anos de idade, de parto distrófico. Jaz sepultada no Panteão dos Bragança no Mosteiro de S. Vicente de Fora.


A Soberana Portuguesa foi mãe de, entre outros, d’El-Rei Dom Pedro V e do Rei Dom Luís I, do Infante D. Augusto, da Infanta D. Maria Ana, etc.
‘Minha mãe, que aprendera na escola das desgraças, conseguiu de nós o que há séculos não via a Casa de Bragança: que os irmãos vivessem unidos.’, escreveu S.M.F. El-Rei Dom Pedro V de Portugal sobre a mãe a Rainha Dona Maria II.

Miguel Villas-Boas | Plataforma de Cidadania Monárquica

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